COPENHAGUE, Dinamarca –
Os ministros da Justiça dinamarquês e sueco prometeram na quarta-feira perseguir líderes do crime organizado no exterior, que, segundo eles, estariam contratando adolescentes na Suécia para realizar tiroteios mortais na Dinamarca.
O dinamarquês Peter Hummelgaard disse que gangues contrataram jovens suecos para cometer crimes na Dinamarca pelo menos 25 vezes desde abril, em parte porque a lei sueca impõe penas mais leves para menores que cometem crimes graves.
“Várias das pessoas que orquestram esse crime imprudente e violento estão se escondendo sob céus mais quentes, e é claro que isso é completamente inaceitável”, disse Hummelgaard em uma coletiva de imprensa na quarta-feira após uma reunião com seu colega sueco Gunnar Strömmer em Copenhague. Ele disse que eles estavam “frequentemente no grande Oriente Médio”, mas não nomeou nenhum país específico.
Uma das duas maiores gangues da Suécia é liderada por um cidadão sueco-turco que vive na Turquia, que se recusa a extraditar seus próprios cidadãos.
A mídia sueca e dinamarquesa diz que a gangue está envolvida em uma rixa mortal com uma das principais gangues criminosas da Dinamarca — Loyal to Familia, que foi banida em 2021.
A Suécia enfrenta a violência de gangues há anos, enquanto na Dinamarca, a polícia também viu violência entre gangues, mas em menor escala.
No ano passado, a polícia sueca notou um aumento no número de adolescentes menores de 18 anos que foram recrutados para realizar assassinatos de aluguel porque não enfrentam os mesmos controles policiais que os adultos e muitas vezes são protegidos de processos judiciais.
Strömmer disse que a Suécia reforçaria suas leis, observando que menores condenados por assassinato na Suécia são colocados em instituições juvenis, enquanto podem pegar até 16 anos de prisão na Dinamarca.
Os dois também prometeram reprimir a atividade de gangues online, com Strömmer dizendo que “figuras importantes nessas redes criminosas ordenam assassinatos e atentados totalmente abertos online”.
Anteriormente, Hummelgaard disse que as soluções poderiam incluir mudar a lei dinamarquesa para permitir a tecnologia de reconhecimento facial e implementar um software melhor para monitorar mensagens criptografadas.