AVISO: Esta história contém detalhes perturbadores. Aconselha-se a discrição do leitor.
A família de uma jovem mulher de Victoria que foi assassinada por dois adolescentes “psicopatas” há mais de uma década diz que os ataques violentos de estranhos em Vancouver esta semana provam a necessidade de novas leis.
Brendan Colin McBride, 34, foi acusado de homicídio e agressão agravada em dois ataques aparentemente aleatórios em Vancouver na quarta-feira, que deixaram um homem morto e outro com uma mão decepada ainda não identificada.
O chefe de polícia de Vancouver, Adam Palmer, disse que ele era um “homem muito problemático, com um longo histórico de incidentes relacionados à saúde mental que resultaram em mais de 60 contatos documentados com a polícia”.
Em 2010, Kimberly Proctor, de 18 anos, foi atraída para uma casa por Kruse Wellwood, de 16 anos, e Cameron Moffat, de 17 anos.
A dupla a agrediu sexualmente e a espancou, antes de deixá-la morrer sufocada e então jogar seu corpo em uma trilha e incendiá-lo.
Avaliações psicológicas apresentadas no tribunal descreveram os assassinos como psicopatas com desvio sexual e transtorno de conduta.
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“Eles escalaram o comportamento violento. Todos assistiram. Seus colegas assistiram, seus professores assistiram, a comunidade. E continuou escalando e escalando até a morte de Kimmy”, disse a tia de Proctor, Jo-Anne Landolt.
Wellwood e Moffat finalmente se declararam culpados de homicídio de primeiro grau no assassinato e foram sentenciados como adultos à prisão perpétua sem chance de liberdade condicional por 10 anos. Eles continuam na prisão.
Desde então, a família de Proctor tem lutado pela implementação do que eles chamam de “Lei Kimberly”, também conhecida como Lei do Autocuidado.
A legislação proposta exigiria que crianças e outras pessoas diagnosticadas com transtornos mentais violentos fossem submetidas a tratamento obrigatório em instalações dedicadas.
“Precisamos abrigar (pessoas com condições perigosas de saúde mental) e dar a elas o tratamento de que precisam”, disse ela.
“Obter-lhes tratamento, aconselhamento, medicação ou algo relacionado com vícios e tirá-los das drogas, e tudo isso anda de mãos dadas e muito disso decorre de traumas da juventude.”
Um especialista diz que a hospitalização involuntária de pessoas que sofrem de dependência ou problemas graves de saúde mental dobrou na Colúmbia Britânica entre 2008 e 2018.
Mas o psicólogo clínico Julian Somers disse que a província carece de apoio comunitário.
“Nosso sistema de saúde está fazendo investimentos significativos para ajudar as pessoas a estabelecer estabilidade e o início do bem-estar, apenas para liberá-las em cenários onde estão quase fadadas ao fracasso”, disse ele.
Em uma declaração, o Ministério de Saúde Mental e Dependência Química da Colúmbia Britânica reconheceu que mais trabalho e opções de tratamento são necessários para manter pessoas com problemas graves de saúde mental, dependência química e lesões cerebrais fora do sistema de justiça criminal.
“É por isso que estamos expandindo o modelo do Red Fish Healing Centre para fornecer mais tratamento para pessoas com os desafios mais complexos de saúde mental e dependência”, diz a declaração.
O ministério disse que a província também contratou o primeiro Conselheiro Científico Chefe para Psiquiatria, Drogas Tóxicas e Transtornos Simultâneos.
“Nessa função, ele está analisando todas as opções, incluindo tratamento obrigatório, para encontrar maneiras de fornecer melhores cuidados para essa população crescente e manter nossas comunidades seguras.”
Mas Landolt disse que ela e a família de Proctor estão cansadas de esperar por soluções.
“Parece estar em andamento. Há um problema enorme, enorme aqui na Colúmbia Britânica e em todo o Canadá que precisa ser analisado seriamente”, ela disse.
“Precisamos lidar com isso antes que a situação piore e se torne como o que aconteceu conosco.”
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